Nessa sexta-feira, dia 29 de Novembro de 2019 acontece a Black Friday.
Não é o objetivo desse post falar sobre a história e os porquês desse dia, muito menos apresentar dados estatísticos sobre vendas de medicamentos numa Black Friday.
Esse post tem como principal objetivo orientar as farmácias magistrais para realizarem um trabalho ético e legal no dia de amanhã.
Se você faz parte desse mundo e se interessa por Propaganda para Farmácia de Manipulação e também deseja mais informações de como divulgar sua farmácia de manipulação no Instagram e Facebook, continua a leitura!
1. Promoções falsas
Aumentar os preços dos seus produtos dias antes da Black Friday, com redução dos preços aos valores originais para que no dia D seja anunciado com desconto.
Isso não é desconto, não é promoção.
É pilantragem mesmo.
O resultado dessa prática será uma grande mancha na imagem da sua marca.
2. Promoção de medicamentos sob prescrição
Os medicamentos que não são considerados MIPS (MIPS – medicamentos isentos de prescrição) podem ser divulgados em caráter promocional somente através de listas e, nesses casos, é obrigatória a apresentação do valor integral (sem desconto) e o valor com o desconto.
3. Promoções de grupos ou classes de medicamentos
Pode-se apenas apresentar a classe de medicamentos ou o grupo nos quais estão contidos e o desconto.
Propagandas como: “Anti-hipertensivos com até 60% de desconto” são permitidas, por exemplo.
Agora, “Sua pressão anda descontrolada? Anti-hipertensivos com até 60% de desconto”, nesse caso não pode.
4. Propagandas e vendas de medicamentos através das redes sociais
Já sabemos que muitas farmácias de manipulação perderam suas contas do WhatsApp por violarem as regras de uso do aplicativo.
Nessa semana o Facebook foi notificado em virtude da venda de medicamentos em sua plataforma.
Sim, sabemos que isso acontece e bastaria um pente fino da ANVISA para confirmar tais ações.
Agora imagina se a empresa resolver aplicar um algoritmo dentro próprio Facebook e também do Instagram para banir todos os perfis de empresas praticantes de vendas de medicamentos?
“Ah, mas eu só vendo por lá cosméticos, MIPS e suplementos”.
Você realmente acredita que eles saberão a diferença?
5. Propagandas de medicamentos isentos de prescrição
Seja lá o que for esse medicamento: é proibida a inserção de dizeres como “demonstrado em ensaios clínicos”, “comprovado cientificamente”.
E nem precisamos mencionar aquelas fotos de antes de depois de pseudos-pacientes com resultados não-protocolados e em desacordo com as diretrizes internacionais.
Os produtos manipulados sob o ponto de vista da Anvisa
Tudo que é preparado diretamente em uma farmácia de manipulação, pelo profissional farmacêutico ou sob sua supervisão, seja a partir das fórmulas inscritas no Formulário Nacional ou em qualquer outro compêndio oficial reconhecido pela Anvisa, ou a partir de uma prescrição emitida por um profissional habilitado é chamado de “medicamento manipulado”.
Isso mesmo!
Nas farmácias de manipulação não existe diferença entre cosméticos, medicamentos, suplementos, fitoterápicos.
Tudo o que é produzido em uma farmácia de manipulação é chamado de “Medicamento Manipulado”.
Desde a publicação da RDC 96, pela Anvisa, essa definição foi novamente apresentada e a própria RDC 96 deixa claro que:
“Por serem produzidos de forma personalizada, considerando as características individuais de cada paciente, não é permitida a propaganda desses medicamentos, já que os mesmos não podem ser divulgados como passíveis de uso por qualquer outra pessoa”.
Acredito que nesse momento o seu grau de indignação ou inconformismo tenha se elevado.
O objetivo desse post é de alerta.
Agora vem a notícia boa
Um medicamento manipulado é diferente de uma substância ativa, seja ela qual for.
É nesse momento que suas opções se abrem.
Presta atenção no que vem a seguir.
Na sentença
“Curcumina possui efeito anti-inflamatório e pode ter benefícios na perda de peso”.
Você visualiza alguma irregularidade?
Acredito que não.
É porque não existe mesmo.
Não há problema em divulgar as propriedades de um ativo que você venda em sua empresa. Seja qual for o ativo.
Por que?
Porque a curcumina não é um medicamento.
Não?
Não!!!
Para ser considerada um medicamento é preciso que a curcumina seja apresentada através de uma forma farmacêutica (ou forma de administração) com dosagem estabelecida.
Agora presta atenção nessa sentença:
“Curcumina 150mg 30 cápsulas por R$ 60,00. Ação anti-inflamatória e benefícios na obesidade”.
Conseguiu ver a diferença da personificação da Curcumina em um produto?
Nesse caso apresenta-se a dose, a forma farmacêutica e ainda tem o preço.
É um prato cheio para sua farmácia de manipulação ser penalizada.
Foi apresentado um exemplo fictício.
Eu te convido a observar os seus posts antigos nas redes sociais e até mesmo os produtos à venda em sua loja virtual (se você a possui) e, caso você perceber algum item desse tipo, exclua-o imediatamente.
Assessoria para Redes Sociais de Farmácias de Manipulação
Esse último exemplo apresentado é um pedido muito comum que os nossos clientes da Assessoria Interativa costumam nos enviar e que, na grande maioria, são barrados imediatamente (embora algumas vezes a gente flexibilize algumas situações com pedido expresso do cliente, sob sua conta e risco).
Essa é a grande diferença percebida pelos nossos clientes que migraram de consultorias não-farmacêuticas ou outras agências de comunicação: nós sabemos o que fazemos e temos todo esse filtro empregado em nosso DNA magistral, em nossa essência científica e ética.
Não trabalhamos simplesmente sob demanda, produzindo textos e artes de forma aleatória. Executamos um verdadeiro trabalho de consultoria com nossos clientes, sempre prezando para que sejam adotadas as melhores práticas de propaganda e que nossos clientes não sejam prejudicados.